A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que vai se apresentar às autoridades da Itália, onde está desde o fim de maio, para não ser considerada foragida.
Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão em regime fechado, Zambelli tenta evitar que sua permanência no país europeu seja vista como afronta às leis locais.
A decisão do STF acabou confirmada nesta sexta-feira (6), em julgamento unânime da Primeira Turma.
Os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia votaram para manter a condenação de Zambelli por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Fuga de Zambelli
Logo após a sentença, Zambelli deixou o Brasil. A Polícia Federal confirmou que ela atravessou a fronteira com a Argentina, passou pelos Estados Unidos e desembarcou em Roma na manhã de quinta-feira (5), antes de ter seu nome incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, que permite sua prisão em qualquer país cooperante.

Em nota, a deputada alegou estar sendo vítima de perseguição política e disse buscar “proteção” na Itália. Com o trânsito em julgado da decisão — quando não há mais possibilidade de recurso —, a pena passa a ter execução imediata.
Além da ordem de prisão, o ministro Alexandre de Moraes também determinou o bloqueio das contas bancárias e cartões de Zambelli. Caso a lozalizem, ela pode acabar presa pelas autoridades italianas.