Lançado em abril deste ano, o programa MAPIA – Maués Pela Infância Atípica, já apresenta resultados concretos e transformadores no município de Maués (AM). A iniciativa, pioneira no interior do Amazonas, foi criada pela Prefeitura para identificar, diagnosticar e acompanhar crianças com possíveis condições neurológicas e comportamentais, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outros transtornos.
O MAPIA é resultado da articulação entre as Secretarias Municipais de Saúde, Educação e Assistência Social, que atuam de forma integrada para garantir um atendimento completo e humanizado às famílias.
Em apenas três meses, o programa já realizou 203 atendimentos com neurologistas. Desse total, 114 crianças receberam diagnóstico de TEA e outras 24 continuam em investigação clínica. Mais de 40 laudos também apontaram outras condições, como TDAH, TOD, microcefalia, entre outros diagnósticos.
Com a fase inicial concluída, o programa agora entra em uma nova etapa, voltada ao acompanhamento contínuo e especializado. A rede de apoio envolve:
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Atendimento clínico e psicológico, coordenado pela Secretaria de Saúde;
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Suporte pedagógico e adaptação escolar, oferecido pela Secretaria de Educação;
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Acompanhamento familiar e apoio social, conduzido pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS).
A prefeita de Maués, Macelly Veras, destaca que o MAPIA surgiu a partir da escuta ativa das famílias e também de sua vivência pessoal.
“Sou tia de uma criança autista. Eu vi de perto o quanto a demora para conseguir um laudo e um tratamento adequado pode impactar a vida de uma família. Com o MAPIA, decidimos romper esse ciclo de espera. Estamos construindo uma política pública de verdade, que acolhe, diagnostica e garante tratamento. Nenhuma criança será invisível em Maués.”
Reconhecido como referência regional, o MAPIA vai além do atendimento clínico e oferece uma rede integrada de cuidados com profissionais capacitados e acompanhamento próximo às famílias.
“Este programa não é apenas uma política de saúde ou educação. É uma política de dignidade. É olhar para nossas crianças com atenção, com respeito e com compromisso com o futuro”, completou a prefeita.
A Prefeitura diz que está ampliando o alcance do programa com ações de sensibilização, formação de profissionais e fortalecimento do diálogo com as famílias, com o objetivo de garantir que cada criança com desenvolvimento atípico tenha seus direitos respeitados e acesso à qualidade de vida, inclusão e respeito.