A Justiça do Amazonas determinou nessa terça-feira (29) que uma indígena da etnia Kokama, vítima de estupros enquanto estava presa em uma delegacia de Santo Antônio do Içá (a 880 km de Manaus), cumpra o restante de sua pena em regime de semi-liberdade.
A decisão levou em conta a necessidade de a mulher ter acesso a tratamento psicológico e assistência social para recuperação física e mental após os traumas sofridos.
Indígena vítima de estupros no Amazonas
A indígena relatou ter sido estuprada repetidamente por agentes da própria delegacia onde estava detida.
Cinco policiais civis e um guarda municipal foram presos sob acusação de participação nos crimes.
Além disso, ela relata que era obrigada a dormir com outros detentos do sexo masculino, apesar de ter uma área destinada a ela na prisão.
No entanto, a defesa dos policiais, representada por uma advogada também da etnia Kokama, nega as acusações e afirma que os suspeitos não cometeram os crimes alegados.
Decisão judicial prioriza saúde da vítima
Em sua decisão, a Justiça destacou que a vítima precisa de acompanhamento especializado para recuperar sua integridade física e mental, algo que não estava sendo possível no regime anterior.
O semiaberto permitirá que ela receba o tratamento necessário enquanto cumpre a pena.