O caso sobre o desaparecimento e morte da adolescente Isabelle Dinelly Martins, de apenas 15 anos, têm chocado a população de Manaus.
A jovem havia saído de casa na última sexta-feira (25) após solicitar uma corrida por aplicativo no bairro Santo Agostinho, zona oeste da capital.
Desde então, a família não teve mais notícias até ser informada, cinco dias depois, de que ela havia sido internada em estado grave no hospital João Lúcio, na zona leste.
Horas após o atendimento, Isabelle não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde.
Vítima foi vista na Compensa horas antes de ser socorrida
De acordo com o delegado Ricardo Cunha, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), a adolescente foi vista com vida por câmeras de segurança no bairro da Compensa, um dos mais perigosos da zona oeste.
A gravação mostra Isabelle caminhando sozinha pela rua Cruzeiro do Sul, por volta de meia-noite e 15 da sábado (26).
Poucas horas depois, por volta das 4h da madrugada, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para socorrer uma jovem com múltiplas lesões.
Ela estava em estado gravíssimo, com sinais claros de violência: cabeça raspada, sobrancelhas raspadas e diversas marcas no corpo.
A adolescente foi levada ao Hospital João Lúcio, mas morreu por volta das 11h30 da manhã. O caso é investigado como homicídio qualificado.
Assista:
Caso Isabelle: mistério e revolta
Isabelle era natural do município de Maués, no interior do Amazonas, e havia chegado a Manaus há apenas 15 dias.
Segundo a polícia, ela não tinha qualquer envolvimento com a criminalidade, o que torna o caso ainda mais misterioso e revoltante.
“Ela saiu para encontrar uma pessoa com quem estaria se relacionando. A forma como o crime foi cometido nos obriga a dar uma resposta rápida. A violência foi extrema”, afirmou o delegado Ricardo Cunha em entrevista à imprensa.
O corpo da adolescente foi reconhecido por familiares e liberado para sepultamento. O velório ocorre nesta quinta-feira (1º) em Maués, cidade natal da vítima. O sepultamento está previsto para sexta-feira (2).
A polícia segue ouvindo testemunhas e analisando imagens para identificar os autores do crime.
Familiares também registraram boletins de ocorrência na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), além da DEHS, que agora concentra a investigação.