O motociclista de aplicativo Joades Gabriel Menezes vive um drama desde o último dia 25 de junho, quando sofreu um grave acidente de trânsito na avenida Constantino Nery, próximo à faculdade Estácio, em Manaus. Gabriel, que também é estudante de engenharia, teve a perna seriamente ferida e desde então está impossibilitado de se locomover ou trabalhar.
Segundo o jovem, o acidente aconteceu quando um caminhão-pipa da empresa Aqua Rápido deu ré de forma inesperada e colidiu com sua moto. “Eu vinha na faixa da direita, ali pra entrar sentido Dom Pedro, e esse caminhão apareceu do nada dando uma ré. O motorista e o ajudante estavam dentro da cabine. Eu já trabalhei como ajudante de caminhão e sei que, pra fazer uma manobra dessas numa via movimentada como a Constantino Nery, o ajudante precisa descer pra orientar”, relatou Gabriel.
A motocicleta de Gabriel, que era sua ferramenta de trabalho, ficou destruída. O motorista do caminhão, segundo ele, se comprometeu a arcar com o prejuízo, que ultrapassa os R$ 6 mil. No entanto, a empresa responsável pelo veículo, a Aqua Rápido, se recusou a prestar qualquer tipo de assistência.
“A empresa não tá me dando assistência nenhuma. Entrei em contato com eles pra tentar conversar, buscar ajuda. Eu tô sem poder me mexer, não consigo nem sair da cama. Vou ter que trancar minha faculdade, não posso trabalhar, não posso estudar, e ainda assim eles disseram que a responsabilidade era só do motorista”, desabafou o jovem.
Gabriel afirma que a situação tem sido ainda mais difícil por causa dos custos com medicamentos e curativos. “Só hoje, meu grupo de amigos gastou mais de R$ 300 com remédios. Cada um ajudou como pôde, fizeram uma vaquinha pra comprar o que eu precisava. Mas ainda tem muito mais pela frente. Vou ter que voltar ao hospital 28 de Agosto pra fazer mais procedimentos”, contou.
Em busca de apoio, amigos de Gabriel estão realizando uma campanha de arrecadação para ajudá-lo com os custos da recuperação. Doações podem ser feitas via PIX para a chave 92985929733, em nome de Leonardo Gonçalves da Silva.

Caminhão envolvido no acidente
A reportagem do Radar Amazônico entrou em contato com a empresa Aqua Rápido para ouvir a versão da empresa sobre o ocorrido. No entanto, uma funcionária atendeu a ligação e desligou assim que o repórter começou a questionar sobre a situação.
Gabriel segue em casa, sem conseguir andar e dependendo da solidariedade de amigos e desconhecidos para conseguir se tratar e, quem sabe, voltar a estudar e trabalhar. “Não tá sendo fácil. Só quero justiça e poder me recuperar com dignidade”, finalizou.
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